Homem que se passou por advogado em Itapiranga é condenado a mais de 18 anos de reclusão
Ele foi denunciado pelo MPSC e condenado pela Justiça por estelionato e exercício ilegal da profissão. A esposa dele e um comparsa foram condenados por estelionato. Dezesseis pessoas foram enganadas pelos condenados, os quais causaram um prejuízo total de mais de R$ 16 mil.
Um homem que se passou por advogado em Itapiranga, no Extremo Oeste do estado, foi condenado a 18 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de 1.332 dias-multa. Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e condenado pela Justiça por exercício ilegal da profissão (oito vezes) e estelionato (três vezes). A esposa dele e um comparsa também foram condenados por estelionato. As penas deles são, respectivamente, cinco anos de reclusão e 360 dias-multa, e um ano e seis meses de reclusão e 15 dias-multa.
De acordo com a denúncia, o réu se apresentava para as vítimas como advogado sem ter registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ou ter concluído o curso de Direito. No total, 16 pessoas foram enganadas. Dessas, oito foram vítimas dos estelionatos praticados pelo réu com a ajuda da esposa e de um comparsa – que emprestaram suas contas bancárias para que alguns depósitos fossem feitos. Os crimes foram praticados entre maio de 2021 e agosto de 2023 e as vítimas tiveram um prejuízo total de mais de R$ 16 mil.
Um dos casos envolveu uma idosa de 85 anos de idade que, enganada pelo réu, depositou R$ 8.312,46 na conta do comparsa para que o falso advogado a representasse em um suposto processo judicial sobre penhora de bens. Outra situação ocorreu com um senhor que perdeu R$ 7 mil ao confiar ao réu o seu processo de aposentadoria. O terceiro crime envolveu cinco pessoas que contrataram o réu para que ele atuasse em processos de inventário, previdenciário e de regularização de terras e transferiram R$ 1.320,00 para a conta da esposa dele. O réu ainda responde a outros processos por fatos semelhantes.
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